Musica,
palavra morta
elipse enquanto eu velo,
e eu, desesperado do significado que eu perdi.
e me perdem pois não me sabem,
e eu invento máscaras, formas de viver inerte a existência,
espelho quero milhas,
luz quero aguas,
céu quero partir,
infinito quero mais,
amor quero paz.
e somente na figura que eu crio creio.
somente minha sombra me faz agir,
meus mapas porque trilho sem saber onde por o pé?
porque sair em caravana sem saber onde se está?
para onde ir?
Merda. é o que resta. fertilizando a terra. sempre a mesma,
merda.
o bem,
o bem muda,
queres uma flor? qual, desta estação ou da estação que vem?
queres um beija flor? o que nasce ou o que morre?
queres o sol? quando incandescente ou quando lua?
luz quero luz.
obra de almoahed
"Quanto antes a poesia e a prosa se encontrarem em um dialogo. Quanto antes poder-se estudar o copor tanto quanto o livro. E neste ver sem vendas, neste escutar, descobrir-se-ia a conjuncao das retas no infinito. o paradoxo, enfim."
Crescer
o meu umbigo é grande.
do tamanho de meu talo.
na mesma proporção que sou mendigo sou glutão.
apenas falo do que sinto. minha privacidade diluída.
o que acontece é me sei tao pouco,
e sempre acabo encontrando o limite dos outros em mim,
e minha repetição.
e aí eu invento outras coisas,
que sao formas de dar nomes e olhar diferente,
olho como se fossem novas, minhas velhas coisas.
é como olhar um velho brinquedo:
olho meu hábito.
(até me lembro de quando meu brinquedo era tudo em minha infancia).
e a partir daí nao posso deixar nem me perder no vácuo de brincar,
nem acreditar demais naquilo que vejo, levar a serio, esquecer que é um brinquedo.
nao posso ser, nem uma criança adulta, nem um adulto criança:
preciso ser um Adulto que tem uma criança:
uma Criança que tem um adulto.
Com tudo de bom que tem cada um deles...
do tamanho de meu talo.
na mesma proporção que sou mendigo sou glutão.
apenas falo do que sinto. minha privacidade diluída.
o que acontece é me sei tao pouco,
e sempre acabo encontrando o limite dos outros em mim,
e minha repetição.
e aí eu invento outras coisas,
que sao formas de dar nomes e olhar diferente,
olho como se fossem novas, minhas velhas coisas.
é como olhar um velho brinquedo:
olho meu hábito.
(até me lembro de quando meu brinquedo era tudo em minha infancia).
e a partir daí nao posso deixar nem me perder no vácuo de brincar,
nem acreditar demais naquilo que vejo, levar a serio, esquecer que é um brinquedo.
nao posso ser, nem uma criança adulta, nem um adulto criança:
preciso ser um Adulto que tem uma criança:
uma Criança que tem um adulto.
Com tudo de bom que tem cada um deles...
Critica
"É interessante o estilo de Almoahed. Direto. propõem uma mística renovada. despida de todo conflito moral do dogma nos propõem a vida languida. e daí dispropoem o Deus que inventa a cada linha. (...) 'Deus oh Deus onde estás que não respondes? nos montes, nos vales, no luar... esta parece ser a resposta deste."
Lenço
Laços encadernados, fotos, lembranças. o mundo é concreto.
- Mais concreta é minha cabeça.
lenços voam com o vento. é inverno,
sao as festas de domingar.
propicio dia.
os invernos se passam,
se passa o tempo passas,
se o cais é sempre o mesmo, o barco oscila na vaga.
Levo comigo, o pudor.
o mundo na pressa de seguir,
e eu nos pés no chão,
rezando, para que nos esqueçamos de deus.
- Mais concreta é minha cabeça.
lenços voam com o vento. é inverno,
sao as festas de domingar.
propicio dia.
os invernos se passam,
se passa o tempo passas,
se o cais é sempre o mesmo, o barco oscila na vaga.
Levo comigo, o pudor.
o mundo na pressa de seguir,
e eu nos pés no chão,
rezando, para que nos esqueçamos de deus.
Maresia
"Laços de fita eram nem
era a maresia implana impura a deitar cabelos
era falso de verdade
era ainda outro
e eram os vestidos virando em calças
e vestindo o corpo saias
e o vento do cais
nem podia
caber no traço
da vertigem do pintor..."
era a maresia implana impura a deitar cabelos
era falso de verdade
era ainda outro
e eram os vestidos virando em calças
e vestindo o corpo saias
e o vento do cais
nem podia
caber no traço
da vertigem do pintor..."
´´Que estejas bem no natal
E também no carnaval
E encontre a paz
Muito alem do bem e do mal.
Que a festa te alivie tanto
Como o dia é capaz.
Que o sol te ilumine
Assim como a montanha
E o sol da meia noite.
Mas se no meio tempo
Entre a felicidade e a paz
Te sentires mal
Não te agarras a mim
Nem ao que te toca...
Te solta a tempestade
Sabendo a terra
É o limite do mar´´
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